JOAQUIM VICTORDE HOLLANDA,PRIMEIRO PRESIDENTE DA FIERN, DEPUTADO ESTADUAL E PREFEITO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE
É justo que assim seja
lembrado: como um grande construtor. Do teto da capela do Colégio Nossa Senhora
das Neves à fachada ornamental da Maternidade Januário Cicco, muitas são as
marcas deixadas pelo espírito empreendedor de Joaquim Victor de Hollanda. Formado
pelo Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco, este pernambucano veio para Natal
disposto a ficar. E a realizar. Ficou e muito realizou. Construiu incontáveis
residências e também obras de vulto, como o Grande Hotel no bairro da Ribeira.
Com Gentil Ferreira ergueu o prédio em que foi instalado o então Banco do Rio
Grande do Norte - BANDERN, na Ribeira. E durante a Segunda Guerra, com Julio
Cesar Andrade, os quartéis de Mãe Luiza (hoje colégio Maria Auxiliadora), o 16º
Batalhão de Infantaria Motorizado – “Batalhão Itapiru” (no bairro do Tirol),
Base Área de Parnamirim/RN. Construiu também na Vila Naval, primeiro conjunto
habitacional de Natal com 180 unidades. São também obras suas, erguidas já após
a guerra: o Quartel da Polícia Militar, o Ateneu Norterio-grandense, a Escola
Técnica Federal (atual IFRN), da Cidade Alta, e a Casa de Saúde São Lucas. E em
cada edifício parece que levou a cabo a máxima de um verso de Fernando Pessoa:
“põe o tanto que é em tudo o que faz”. Sua postura de responsabilidade, voltada
ao social, revelou-se por inteiro quando surgiram dificuldades de pagamento em
obra que construía. Não deixava a obra parar. Também criou indústria para a
fabricação de tijolo, telha e manilha, e instalou marcenarias em São Gonçalo do
Amarante. Sua trajetória política se desenha com a presidência do Sindicato das
Indústrias da Construção e Mobiliário, e no empenho como protagonista na
criação da FIERN, da qual foi o primeiro presidente. Foi ainda deputado
estadual, nos anos 1950, vereador e prefeito de São Gonçalo do Amarante na
década de 1970.
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